quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Manoel Antônio Jansen da Silva Melo


História de: Manoel Antônio Jansen da Silva Melo
Autor:  Acervo da Biblioteca
Publicado em: 19/10/2016



 Manoel Antônio Jansen da Silva Melo, filho de Oscar da Silva Melo(tabelião, falecido) e Helena Jansen Melo da Silva, ( doméstica, falecida ), nasceu em 26 de julho de 1929, em Santo amaro da Purificação, no estado da Bahia. Teve cinco irmãos e uma infância com um quadro clínico complicado. Nasceu de parto prematuro devido uma queda que sua mãe sofreu no sétimo mês de gestação. Ao nascer, teve um dos seus braços quebrados pela parteira que desenganou sua mãe aconselhando-a não alimenta-lo, pois acreditava que ele não iria sobreviver. Manoel Antônio só teve o braço fraturado, engessando após quinze dias do seu nascimento, quando sua mãe saiu do repouso e notou que o choro constante não era em vão. Além deste episódio em sua infância Manoel Antônio enfrentou uma hernia umbilical, problema no coração, paludismo, uma infecção causada por uma poça de água barrenta, a qual ele bebeu por ter confundido com chocolate, e uma inflamação no ouvido proveniente dos puxões de orelha dados por sua professora como repreensão por não gostar de estudar. O próprio via tudo isso com bom humor.
   No dia 15 de outubro de 1943, aos seus 14 anos de idade, mudou-se para Ruy Barbosa BA, quando um tio avô convidou seu pai para substituí-lo como tabelião nesta cidade. Concluiu seus estudos, foi balconista, aprendeu datilografia e por muitos anos trabalhou no cartório juntamente com seu pai,  assumindo mais tarde a titularidade do Cartório, e no tempo que lhe sobrava permitia-lhe executar outras atividades, como locador de bicicletas, locadora a qual foi vendida para comprar uma câmara fotográfica, passando a exercer a profissão de fotógrafo, também foi dono de um rinhadeiro.
   Manoel Antônio era fascinado pela música e sonhava ser cantor de rádio, naquela época, uma ocupação bem apreciada pela sociedade. Em seguida, participou de um concurso de calouros, onde conheceu Helena Maria, uma grande concorrente, a qual ganhou em primeiro lugar, mais tarde se tornou sua esposa com quem conviveu 57 anos e tiveram nove filhos: Oscar, Manoel Antônio Jr, Marcílio, Margarida Maria, Marilena, Helena, Márcia, Mariza e Marcelo, vinte e três netos e oito bisnetos. Continuando o gosto pela música participou do grupo de fanfarra em Ruy Barbosa, aprendeu a tocar o instrumento musical ( sax alto ) e adotou o estilo boêmio. Gostava de acordar cedo para tocar o sax e ouvir as suas músicas. Foi um bom esposo, um pai excelente e avô extremado. Existia entre o casal uma grande cumplicidade e boa convivência, quando um saía sem o outro, as pessoas afirmavam que " Manoel não é Manoel sem Helena" tanto quanto "Helena não é Helena sem Manoel".
    Nunca teve sonhos políticos, mas por influência de amigos se candidatou a prefeito pelo partido PDS, concorrendo com mais de seis candidatos e ganhando a eleição com 2.950 votos de frente. Exerceu o cargo de prefeito de 1983 a 1988, foi um gestor ativo e incansável. Nos três primeiros anos de seu mandato, realizou inúmeras obras em todo município, desde a criação da Banda Municipal a importantes obras como a implantação do sistema de energia elétrica em Humaitá, realizou melhorias na área de saúde, como a criação da Secretaria Municipal de Saúde e a implantação de uma central de distribuição de medicamentos, além da implantação do posto de saúde Dr. Itamar José de Oliveira e do posto de saúde do distrito de Tapiraípe; também foi sua prioridade a educação, o lazer, a infraestrutura, a construção de escolas, praças, ruas e reformas. Em sua gestão também foi realizado o primeiro concurso público municipal.
   Em 1988 foi prestigiado pela Câmara de Vereadores, por ser um prefeito que se destacou na área da educação, sendo escolhido para ser patrono de uma escola pública municipal, a qual recebeu seu nome,  Escola Municipal Manoel Antônio Jansen da Silva Melo. Neste mesmo período ele criou também a bandeira municipal.
  Toda essa paixão pela música e pela cidade de Ruy Barbosa contribuiu para que mais tarde ele presenteasse a cidade com a rádio Ruy Barbosa ( RB - FM ).  Foi também marçon, pertencendo à loja Deus Paz e Progresso de Ruy Barbosa, e veio a falecer em 30 de outubro de 2010.






terça-feira, 11 de outubro de 2016

João Gomes Diniz Carvalho: Pe. João



História de: João Gomes Diniz Carvalho
Autor: Antônio Diniz Carvalho
Publicado em: 11/10/2016



Nasceu na fazenda Lagamar/Floresta/PE, filho de Cirilo Gomes de Sá Carvalho e Maria Diniz Carvalho, foi batizado em 16 de março de 1920 na capela de Santa Maria/Mirandiba/PE.Aos 20 anos de idade veio para Salvador a pedido de Dom Augusto Álvaro da Silva, onde estudou treze anos. Ordenado pelo já Cardeal  D.Augusto Álvaro da Silva em 1953 celebrou a sua primeira missa na capela de Santa Maria e a segunda em Floresta/PE em 1954, ficou como secretário particular do Cardeal e Vigário da Vitória, e em 1956 foi transferido para a paróquia de Ruy Barbosa/BA, em 1958 criou o colégio Anísio Teixeira, em 14 de julho de 1958 foi encarregado por D.Augusto de criar a Diocese de Ruy Barbosa, preparando a vinda do terceiro Bispo. Foi Pároco de 1956 a 1968 na paróquia de Santo Antônio - Ruy Barbosa, Pároco de Utinga por dois meses e de Itaberaba por oito meses, retornando a Ruy Barbosa até o seu falecimento.
  Recebeu em 1978 o título de Monsenhor Prelado Onório concedido pelo Papa João Paulo I. Por fim, seu coração estremeceu, colocou quatro pontos de safena e continuou seu ministério até os seus 52 anos de Padre.
   Considerava-se feliz com sua vida de  ancião, sobre tudo com prazer de viver na roça como nos seus primeiros dias de vida, alegrando-se, com a natureza até a chegada do Pai.