Cora Bastos
Guedes: uma vida de amor e dedicação ao magistério
História de: Cora Bastos Guedes
Autora: Martha Bastos Guedes Publicado em: 31/05/2016
No final da década de 1940, mudava-se para Ruy
Barbosa a professora Cora, com o marido Roberto, e os filhos, Zaury, Edna e Roberto
Carlos. A família havia deixado Ibiaporã, vilarejo pertencente ao município de
Mundo Novo, onde Cora dedica-se ao magistério particular, como preceptora de
meninos e meninas, rapazes e moças, a quem alfabetizava ou complementava a
instrução incipiente, naqueles tempos difíceis em que a educação era acessível
a poucos.
Formada
aos dezesseis anos pelo Colégio Americano de Ponte Nova, instituição fundada às
margens do Rio Utinga por missionários presbiterianos procedentes dos Estados
Unidos, Cora recebeu sólida educação, aprimorada em excelentes valores morais.
Em Ruy Barbosa, passou a ensinar no Grupo Escolar Carneiro Ribeiro, em caráter
provisório, tornando-se efetiva logo depois, ao ser aprovada em concurso
público. Criteriosa e aplicada, impôs-se a meta de acompanhar a classe que se
iniciava no primeiro ano até o final do curso primário. Assim, cuidava de cada
aluno com desvelo de mãe, incentivando e corrigindo. Era respeitada e temida,
por não transigir com a indolência. Mas, era amada, como o atestam as
manifestações de reconhecimento e carinho dos alunos, que jamais a esqueceram.
Um deles, Otto Mendonça de Alencar, chegando ao alto posto de Governador do
Estado da Bahia, deu a esta biblioteca o nome da antiga professora, que buscava
na literatura, sobretudo na poesia, imagens que ilustrassem as aulas e levassem
os discípulos a gostar de ler.
Dois
filhos lhe nasceram em Ruy Barbosa, Ruy Alberto e Martha. Perdeu tragicamente
Robertinho, como era conhecido o amável adolescente entre familiares e colegas
de ginásio. Triste e abatida, superou a dor pela fé cristã e pelo trabalho. Os
alunos, solidários, assistiam-na. Findavam-se os anos 1950.
Uma nova
turma se formou na década seguinte. A filha, Martha, integrava a classe, que
completou o curso primário em 1964. No início dos anos 1970, Cora foi
transferida para o Grupo Escolar Alice Telles, onde exerceu a função de
vice-diretora.
A
última etapa da vida profissional dedicou-se ao Grupo Escolar John Kennedy como
diretora. Até aposentar-se, não lhe faltou entusiasmo nem amor pela educação.
Ficou
viúva, em 1986. Viu crescer os netos. Ganhou bisnetos. Reviveu os tempos de
magistério nas histórias que contava.
Em vinte e oito de novembro de 2007, aos 91 anos,
faleceu.
Quem conheceu Dona Cora sabe da importância do trabalho realizado por ela na educação do nosso município.
ResponderExcluirNós do Museu da Pessoa ficamos felizes e agradecemos as suas colocações.
ResponderExcluirTia Cora fez parte da minha história de vida. Sendo prima da minha mãe, colegas de profissão e irmãs na fé, sempre tivemos muito contato. Não vem como esquecer!
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